Na noite de 26 de junho, depois da confraternização relacionada à última aula de Teorias Críticas do semestre, ministrada pela Prof.ª Simone, alguns já sabem que eu, Ivonete e Jefferson passamos pela situação de um assalto. O interessante é que, já mais calmos, podemos enxergar uma história maior, e até engraçada, que não se reduz apenas ao assalto. É aquela velha coisa: “Depois que passa, a gente ri”... Bom, pro conteúdo deste post não ficar tão desatualizado, e já está ficando, contarei aqui a história através do que eu senti. Se for o caso, Ivonete e Jefferson (os outros ‘personagens’, rs) juntam comigo depois e fazem uma ‘edição’. Gente, mas reparem tb como a ‘tecnologia’ perpassa a história...
Durante a confraternização, feita logo depois de nossa última aula, nós estávamos comentando sobre assaltos que vêm acontecendo no Ingá. Alguns ainda disseram que preferem não andar mais com documentos, essas coisas. Pois, então, depois que a maioria foi embora, ficaram lá eu, Ivonete, Olívia e Jefferson. Comemos uma porção e resolvemos embora pelas 22h 45. Paramos em frente à casa de Olívia, naquela rua do restaurante, ao lado da entrada do prédio onde temos aula, conversamos por alguns instantes, ela entrou em casa e nós três seguimos. Um cara saiu de um carro parado na esquina e disse: “Assalto, entrega tudo!” (não lembro direito). Mas mirou a arma pra mim. Fiquei paralisada, em choque. Não lembro de detalhes dessa hora. Não lembro pra onde exatamente Jefferson e Ivonete foram. Só sei q eles já ñ estavam tão perto de mim. Tinham mais duas pessoas no carro com esse bandido (de acordo com Jefferson). Daí o cara com a arma disse pra mim: "Não corre!". Aquilo parece que foi um "estalo" em que acordei e fiz exatamente o contrário do comando dele: corri com minha bolsa em direção a casa de Olívia (nessas horas a gente ñ pensa muito). Ivonete e Jefferson deviam estar entregando as coisas nesse momento... Teve um instante em que, correndo, olhei pra trás e o cara estava no meio da rua com a arma mirada na minha direção e aí eu pensei: “agora já era (já morri) só que não vou olhar”. E continuei até que entrei no prédio de Olívia, depois que fiquei gritando pro porteiro abrir e ele acionou o ‘choquezinho’ da porta de entrada. Em seguida chegou lá Ivonete, tb correndo, e depois Jefferson. Os dois sem nada mais. Todos correram (ahahaha). O negócio é que eles foram bem mais sensatos, já que entregaram tudo pra depois correr... Ivonete às vezes ria, mas de nervoso. Levaram tudo dela: documentos, cartões de banco, celular, carteira de motorista, chave de casa, etc. Jefferson chegou com um ar de desapontamento, olhando pro chão... Ele demonstrou sua tristeza e preocupação com a seguinte frase que se repetiu a noite inteira: “Levaram o meu livro do McLuhan e eles nem vão ler". Imagine a nossa cara pra ele, rs... Fizemos “um assalto delicado” na carteira de Olívia, que nos ajudou e ficou com apenas R$ 5,00 pra trabalhar no outro dia, e fomos embora num táxi pra delegacia...
Agora, na delegacia, é que rolou um negócio estranho ou no mínimo engraçado: liguei do meu celular pro celular de Ivonete, que estava com o bandido, e depois de algumas tentativas ele atendeu. Eu me passei por Ivonete e disse: "ô amigo, devolve pelo menos os documentos pq vou precisar viajar, por favor". Ele disse: "Os documentos"? Eu: “Sim”. Ele: "Tá bom, vou deixar nos correios". Eu: "Obrigado". Ele: "De nada"... Bandido educado?!
Depois que saímos da delegacia, onde foi tudo muito demorado, já que o policial fazia tudo numa máquina de escrever (mas fez questão de salientar que daqui uns dias o ambiente ia sofrer uma ‘modernização tecnológica’ - eu já ia me esquecendo disso, tudo a ver com as nossas aulas, rs), nós três enxergamos, nesta mesma rua da delegacia, uma porca preta imensa passeando. Ivonete disse: “Meu Deus, aquilo é uma porca?” Estranhamos aquilo... Jefferson disse que porcos passeando à noite pelas ruas de Niterói são comuns, rs. Veja que aí está uma forma de contraste da modernização com a antiguidade, ahahaha. Como Jefferson não parava de repetir “levaram o meu livro do McLuhan e eles nem vão ler", eu perguntei quanto foi o livro. Ele disse: “Ah! Comprei por R$ 15,00 no sebo.” Olhamos pra ele e ele disse: “mas, foi um achado”. Depois, já que roubaram até a chave da casa de Ivonete, ficamos correndo atrás de um chaveiro. E como demorou... Pra dar mais detalhes: enquanto todas as luzes das portas vizinhas estavam acesas, a luz da porta do ap de Ivonete havia queimado. E o chaveiro lá tentando abrir, iluminado com a luz do meu celular. Até usou um tipo de ‘furadeira’... Quando finalmente consegue, o alarme do carro do chaveiro dispara lá na rua e ele desce correndo... Ivonete sofre outro ‘assalto’ do chaveiro (bem carinho pra abrir uma porta) e ele segue embora ‘feliz’... Para completar estava acontecendo um incêndio na rua vizinha! Isso mesmo: um incêndio. Mas, só tivemos certeza disso depois (o que dava pra ver na hora era uma fumaça e ouvíamos um barulhão, sem saber ao certo o que era), quando só pela tarde Ivonete soube e confirmou... O final de tudo: Eu e Jefferson paramos por um instante numa banca de jornal e lá estava escrito: "Porco de policial mata homem". Juro que na mesma hora eu associei com aquela porca imensa da rua da delegacia, rs...
Bom, é isso! Se eu não esqueci de mais nada (hahaha).
O importante é que estamos todos bem agora. A história já virou ‘passado’, mas é claro que tiramos algumas lições disso e até já podemos rir da noite de 26 de junho. Nem sexta feira 13 era...
Abraços!
sábado, 28 de junho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Cmo eu já disse, esta é a vingança de Deleuze, Adorno e Baudrillard...Arre! Sai satanás!!!
Só Mcluhan expulsa o demônio das pessoas!
Beijos,
Simone
Huahauahua...Agora perdi meu celular...e como diria McLhan...meu ouvido e minha boca...
Ainda bem que dá prá comprar outros...
Gente q filme mais complexo, chega a nao parecer realidade. ainda bem q vcs estao todos bem.
Graças a Deus que não aconteceu o pior!
Abraços a todos,
Randy (amigo da Aline)
Postar um comentário