quarta-feira, 30 de julho de 2008

Resumo do artigo

Eis aqui a proposta do artigo:

O trabalho tem a intenção de investigar as mudanças nos processos de escuta musical desde mídias como a gravação magnética analógica e sua reprodução em fitas cassete e discos de vinil e as mídias surgidas a partir do processo de digitalização da música e sua reprodução em mídias que, aparentemente, apresentam uma maior transparência na reprodução.
Entendo essa “transparência” como uma tentativa de esconder as materialidades das mídias, nessa relação entre equipamentos e usuários.
Como referencial teórico pretendo usar o livro de Michel Chion, “Músicas, Media e Tecnologias”, para uma análise dessas mudanças tecnológicas. Também utilizarei dois livros de Jay Bolter (um em co-autoria com Richard Grusin e outro com Diane Gromala) “Remediation” e “Windows and Mirrors”, onde ele trata das reapropriações de antigas mídias por novas e pensa o conceito de transparência da interface de mídias eletrônicas.
Para pensar a noção de materialidade e trabalhar com uma arqueologia das mídias, pretendo usar autores como Siegfried Zielinski (“Deep Time of the Media”), Friedrich Kittler (“Gramophone, Film, Typewriter”) e Lisa Gitelman (“Scripts, Grooves, and Writting Machines”).

Beijos a todos. Quando será a proxima cerveja?

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Resumos! Resumos!

Povo,

conforme a Simone havia solicitado, posto a seguir três resumos referentes a eventos do segundo semestre. O primeiro foi submetido ao I Colóquio Binacional Brasil-Portugal, que rola em Natal nos dias 2 e 3 de setembro, antes do Intercom. O segundo eu enviei para o Núcleo de Pesquisa Comunicação e Culturas Urbanas do Intercom, coordenado pela Silvia Borelli - os dois foram aprovados (êêê!). Já o terceiro eu submeti ao GT 04 - Experiências urbanas, comunicação e sociabilidade do III Coneco (em novembro, sediado na UERJ), cuja avaliação ainda não está disponível. É um resumo expandido, peço a todos uma boa dose de paciência. Como vocês já devem ter percebido, meu escopo temático é bastante limitado...

Podem descer a lenha e comentar à vontade [risos].
Abs a todos
Tiago M.


1. Cartografias do imaginário navegante: reflexões sobre a identidade narrativa diaspórica, o “senso comum mítico” e nosso (des)conhecimento da cultura portuguesa contemporânea

Este paper tem por objetivo mapear os elementos constituintes de um “senso comum mítico” sobre Portugal nas representações da cultura lusa que circulam de forma hegemônica no Brasil. Identifico as evidências da nossa concepção monolítica sobre a cultura portuguesa na recorrência sistemática a determinados temas que se fazem presentes em boa parte das representações consagradas entre nós (como o apelo à tradição, o retorno nostálgico ao passado e a eterna melancolia). Em um segundo momento, problematizo esta concepção ao conceber tais “verdades sobre o caráter nacional português” como discursos socialmente construídos ao longo do tempo, relacionados, em alguma medida às questões de identidade e representação envolvendo a experiência migrante durante os anos do Salazarismo (1933-1974).


2. Muito além da ‘Casa Portuguesa’: uma análise dos intercâmbios musicais populares massivos entre Brasil e Portugal

Este trabalho mapeia e discute os ruídos, os silêncios e as assimetrias que pontuam os intercâmbios musicais populares massivos entre Brasil e Portugal. Ao mesmo tempo em que a nossa percepção sobre a cultura portuguesa contemporânea parece mediada por um “senso comum mítico” profundamente influenciado pelo discurso da tradição, Portugal vem se revelando um receptor entusiasmado da nossa “moderna” cultura da mídia. Tais desequilíbrios se refletem no enorme sucesso de artistas e bandas brasileiras em Portugal, cujo contraponto é o total desconhecimento da produção musical portuguesa contemporânea, sobretudo na seara do pop/rock. Este paper se propõe a questionar a natureza socialmente construída de tais discursos, e assim contribuir para a elucidação de alguns aspectos da dinâmica local-global no âmbito da indústria do entretenimento, relacionados às práticas de consumo musical juvenil e urbano.



3. Quanto vale o fado? Capital cultural, distinção social, legitimação simbólica: proposta teórico-metodológica para a análise do consumo de música portuguesa no Brasil

Introdução

Esta comunicação tem por objetivo investigar em que medida o conceito de capital simbólico, desenvolvido por Pierre Bourdieu em alguns de seus trabalhos mais expressivos (1983; 1986; 1989), pode se revelar uma pertinente ferramenta teórico-metodológica para a compreensão das relações de consumo assimétricas que se estabelecem entre diferentes imaginários culturais (e, sobretudo, musicais).

Como ponto de partida da minha investigação, incorporo o horizonte teórico composto pelos conceitos de Capital Simbólico, Cultural e Social formulados por Pierre Bourdieu, e relacionados às práticas e aos discursos de legitimação e distinção dentro de um determinado campo cultural, na análise dos intercâmbios musicais populares massivos que se estabelecem, hoje, entre Portugal e Brasil. O fato de conhecermos muito pouco (ou quase nada) do que tem sido feito Além-Mar, no âmbito dos gêneros vinculados ao universo do pop/rock ou da música eletrônica (num contexto em que a música brasileira ocupa um lugar quase hegemônico em termos de penetração e popularidade), me parece revelar a existência de uma assimetria no modo como os respectivos imaginários simbólicos e culturais são percebidos, consumidos e reproduzidos em ambos os países (Monteiro, 2007).

Metodologia

Em um segundo momento, desdobro esta idéia de assimetria a partir de duas chaves de leitura que, dialogando com os conceitos de Bourdieu, nos ajudariam a compreender tal desconhecimento, nos termos do valor simbólico que esta produção musical portuguesa possuiria entre nós: o papel da crítica musical (no sentido de legitimar alguns imaginários culturais em detrimento de outros) e dos discursos essencialistas-estereotipizantes (funcionando como esferas de mediação que “contaminam” nossa percepção dos bens culturais); e a noção de gênero musical enquanto orientação mercadológica (fornecendo o substrato teórico para uma reflexão sobre a categoria de world music, onde costumam ser alocados os eventuais artistas portugueses lançados comercialmente no Brasil). Por fim, localizo no escasso valor simbólico, em termos de capital social, que o consumo de música portuguesa (seja ela “tradicional” ou “moderna”) é capaz de denotar, uma das possíveis explicações para a pouca expressividade dos gêneros populares massivos portugueses junto ao público consumidor (sobretudo jovem e universitário) brasileiro.

Resultados e discussão

Ao adotar esta perspectiva, em primeiro lugar, autorizo-me a deslocar as discussões sobre gosto e sobre consumo cultural de uma esfera psicológica e individual para uma dimensão social e relacional. Em outras palavras, longe de corresponder à disposição estética para o belo sinalizada por Kant (que parece emanar naturalmente da subjetividade do indivíduo), proponho que as preferências culturais sejam inscritas no contexto de uma construção de sentido e de valor que é socialmente codificada, a partir dos fluxos de capital simbólico traduzidos em determinados discursos e práticas.

Em um segundo momento, a reflexão originalmente formulada por Bourdieu nos permite problematizar certas posturas eufóricas e populistas que concebem as comunidades de gosto como espaços harmônicos, pautados por relações consensuais que seriam, em alguma medida, unificadas pura e simplesmente pela existência de um repertório comum, ou mesmo pelo desejo de “estar junto” (Hetherington, 1998; Maffesoli, 1987). Ao contrário, pensar os repertórios simbólicos e culturais em termos de capital nos introduz uma nova dimensão: aquela que nos remete à idéia de acumulação, com vistas à determinada finalidade, qual seja, a de afirmar a ocupação de um “lugar social” de onde posso me diferenciar dos demais, em virtude do maior ou menor capital cultural e simbólico que possuo (ou demonstro possuir).

Conclusões.

Decerto há muitas questões envolvendo o nosso desconhecimento da música portuguesa, para além daquelas relacionadas ao valor que ela possui no mercado global das trocas simbólicas, embora tais discursos, em alguma medida, contribuam para estes processos de atribuição de valor. À guisa de conclusão, questiono a quem seria interessante o (re)estabelecimento dos fluxos e intercâmbios simbólicos e musicais entre Portugal e Brasil, numa via de mão dupla, e não em sua atual configuração que, além de assimétrica, é pontuada por ruídos de toda a espécie.

O consumo de bens culturais não pode ser dissociado do valor simbólico que eles contêm, capaz de ser convertido em capital social ou cultural. Antes de defender acriticamente uma maior presença da música popular massiva portuguesa contemporânea no Brasil, portanto, é preciso mapear os eventuais ganhos simbólicos, em termos de legitimação e distinção, que ambas as partes podem extrair desse consumo.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Cadê o passarinho?

Oi pessoal!

Bom, vou inaugurar as postagens de resumo mandando o meu, certo?
Quero depois mandar o mesmo artigo para o coneco (pode, ne?) entao eu ia amar ter comentarios sobre o resumo. Ta meio grandinho, ta?
Ah! Acabei me deixando influenciar pela onda ambientalista que gira em torno de mim, morando na Ilha Grande, para dar titulo ao trabalho :)

Beijinhos.

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Cadê o passarinho? Ameaça de extinção da pose na imagem de família.

Ligia Diogo

Resumo:

Ameaça de extinção é um tema sério e recorrente em tempos de consciência ambiental, mas também em outras áreas do conhecimento, não diretamente ligadas às ciências naturais, é uma prática comum anunciar o fim de algo.

Se muitos de nós, principalmente quando crianças, já se perguntaram o significado das expressões “Olha o passarinho!”, “Digam X!” e “Whisky!”, ditos para anunciar o click da máquina fotográfica ou o rec da filmadora, não era segredo para ninguém o porquê do uso das mesmas. Tais expressões pareciam indissociáveis do ato de ser fotografado ou filmado, pois serviam como dispositivos que nos avisavam que era hora de fazer pose, olhar para a câmera sorrindo, parar de falar para não sair na imagem de boca aberta, hora de fazer careta, colocando o máximo da língua para fora e arregalando bem os olhos, dependendo da faixa etária da pessoa na mira da câmera.

Fazer pose para ser captado pelo olho da câmera fez parte do ritual de ser fotografado desde o surgimento da fotografia. No início, entretanto, não bastava sorrir para receber o flash, era preciso inclusive fazer uso de colunas de gesso para suportar ficar imóvel pelo longo tempo necessário para que a imagem fosse registrada na chapa metálica. Alem disso, para a pose havia um código a ser seguido para que o resultado ficasse o melhor possível: as fotografias eram feitas por profissionais, as pessoas vestiam suas melhores roupas, as mulheres se maquiavam, a posição do corpo era imponente e o rosto mantinha uma expressão séria (por ser difícil sorrir por tanto tempo e também por não ser de bom tom, naquela época, ser imortalizado sorrindo).

De 1840 até os dias de hoje, a forma como as pessoas se portam para os diferentes tipos de câmeras vem mudando continuamente. Para entender essa transformação, partiremos numa busca pelo “passarinho” que tentávamos enxergar lá no buraquinho da câmera, ao nos preparar para o instante da foto ou para o início da filmagem, que nos anunciava o momento da pose e que talvez esteja ameaçado de ser extinto.

Tendo como foco de interesse as imagens de família e partindo de uma abordagem genealógica, na qual o homem e suas práticas sociais são tidos como históricos, pretendemos investigar a forma como as pessoas são registradas nos diferentes suportes, da fotografia analógica ao vídeo digital.

Iniciaremos nossa trajetória na primeira metade do século XIX, pois acreditamos que o início da produção de imagens de família se deu nesse período e listaremos, de forma breve, três motivos interconectados para esse recorte.

Primeiramente, foi nesse período em que a fotografia surgiu e esta possibilitou uma inédita popularização do acesso à imagem, e da produção de imagens de si e de pessoas próximas. Até então, um retrato pintado, ou mesmo desenhado, era caro e acessível apenas à nobreza e aos mais ricos burgueses (Barthes, 1984). Também é importante ressaltar que a imagem fotográfica, ao surgir, rompeu com toda uma tradição de representações, determinando uma relação totalmente nova entre a imagem e o ser representado.

Em segundo lugar, vale destacar que o mesmo período é marcado por uma determinada dinâmica social na qual dois espaços vão se tornando cada vez mais diferenciados e separados: o espaço público e o espaço privado. Surgia a idéia de que o homem é verdadeiro apenas em sua intimidade, dentro de casa e com a família. O espaço privado seria valorizado e o homem moderno teria na família e na construção, manutenção e valoração de sua intimidade uma característica forte e determinante.

Como último fator, apontamos o fato de que nessa época se acentua um processo de dessacralização das imagens e da obra de arte, com o declínio do valor religioso e de culto que possuíam. A fotografia e o cinema teriam sido cruciais nesse processo. Porem, um tipo de fotografia específico, sobre o qual Walter Benjamim escreveu, as fotografias de rostos (Benjamin, 1985), manteve-se possuidor de um certo valor de culto. Ou seja, as imagens não teriam perdido completamente a magia, pois as fotografias de nós mesmos e de entes queridos passariam a apresentar, como característica intrínseca, algo para além de si, algo como um “espírito”.

Interessam-nos todas as imagens de família produzidas desde então. Durante cerca de um século e meio, apesar do barateamento dos meios de produção e do aumento significativo da quantidade de fotos e registros em Super-8 ou em vídeo, as famílias continuaram cultivando certo fascínio pelas imagens de si. Tais registros eram guardados com muito cuidado em álbuns, caixas ou baús, sendo remexidos com freqüência para que as pessoas e os momentos do passado fossem relembrados.

A nossa busca se encerraria nos dias de hoje, considerando as fotografias digitais e a postagem de vídeos de família no youtube. Distinguiremos, então, a imagem fixa da imagem em movimento e, em seguida, destacaremos cronologicamente sete momentos da imagem de família nesse percurso histórico. Diversos fatores serão considerados como índices para detectar as mudanças aqui sugeridas; tais como, a preocupação com a expressão do rosto, com a postura, com as roupas, com a maquiagem, o preço das câmeras e outros equipamentos, o grau de profissionalismo de quem os manipula, o evento familiar ou social tema da imagem, o lugar onde esta imagem foi feita, etc.

O objetivo central do presente trabalho será relacionar o desenvolvimento das tecnologias de captura, armazenamento e exibição de imagem e som à forma como as pessoas posam ou aparecem nos registros de família. Mas queremos também associar a pose, ou o fim da mesma, a mudanças mais profundas ligadas à importância da imagem no seio da família, aos conceitos de intimidade, memória e exposição e ao papel da própria família na dinâmica social.

Seguiremos a pista de que quando a imagem de família ganha, por exemplo, movimento e som, a pose como conhecíamos passa a ter dificuldade de se manter. O “passarinho” voa livre para o horizonte, desviando o olhar e a atenção daquele que está sendo imortalizado pela imagem. Mas o vôo daquele não determinaria a liberdade do alvo da imagem, pois outros dispositivos teriam surgido e a imagem de família continuaria obedecendo a um código social.

Sugerimos que em oposição a idéia de extinção, surgem possíveis reformulações, novas configurações, antes impossíveis ou inimagináveis, que explicariam a pose na nova imagem de família. Assim, a tecnologia e novas formas de ser provocariam transformações na pose. Tal forma de entendimento de um fenômeno, talvez mais complexa que a ameaça de extinção, por coincidência também se faz presente nos estudos ambientais contemporâneos (assim como na literatura de ficção cientifica) sendo chamada mutação.

sábado, 28 de junho de 2008

Rende um filme (rs)?

Na noite de 26 de junho, depois da confraternização relacionada à última aula de Teorias Críticas do semestre, ministrada pela Prof.ª Simone, alguns já sabem que eu, Ivonete e Jefferson passamos pela situação de um assalto. O interessante é que, já mais calmos, podemos enxergar uma história maior, e até engraçada, que não se reduz apenas ao assalto. É aquela velha coisa: “Depois que passa, a gente ri”... Bom, pro conteúdo deste post não ficar tão desatualizado, e já está ficando, contarei aqui a história através do que eu senti. Se for o caso, Ivonete e Jefferson (os outros ‘personagens’, rs) juntam comigo depois e fazem uma ‘edição’. Gente, mas reparem tb como a ‘tecnologia’ perpassa a história...

Durante a confraternização, feita logo depois de nossa última aula, nós estávamos comentando sobre assaltos que vêm acontecendo no Ingá. Alguns ainda disseram que preferem não andar mais com documentos, essas coisas. Pois, então, depois que a maioria foi embora, ficaram lá eu, Ivonete, Olívia e Jefferson. Comemos uma porção e resolvemos embora pelas 22h 45. Paramos em frente à casa de Olívia, naquela rua do restaurante, ao lado da entrada do prédio onde temos aula, conversamos por alguns instantes, ela entrou em casa e nós três seguimos. Um cara saiu de um carro parado na esquina e disse: “Assalto, entrega tudo!” (não lembro direito). Mas mirou a arma pra mim. Fiquei paralisada, em choque. Não lembro de detalhes dessa hora. Não lembro pra onde exatamente Jefferson e Ivonete foram. Só sei q eles já ñ estavam tão perto de mim. Tinham mais duas pessoas no carro com esse bandido (de acordo com Jefferson). Daí o cara com a arma disse pra mim: "Não corre!". Aquilo parece que foi um "estalo" em que acordei e fiz exatamente o contrário do comando dele: corri com minha bolsa em direção a casa de Olívia (nessas horas a gente ñ pensa muito). Ivonete e Jefferson deviam estar entregando as coisas nesse momento... Teve um instante em que, correndo, olhei pra trás e o cara estava no meio da rua com a arma mirada na minha direção e aí eu pensei: “agora já era (já morri) só que não vou olhar”. E continuei até que entrei no prédio de Olívia, depois que fiquei gritando pro porteiro abrir e ele acionou o ‘choquezinho’ da porta de entrada. Em seguida chegou lá Ivonete, tb correndo, e depois Jefferson. Os dois sem nada mais. Todos correram (ahahaha). O negócio é que eles foram bem mais sensatos, já que entregaram tudo pra depois correr... Ivonete às vezes ria, mas de nervoso. Levaram tudo dela: documentos, cartões de banco, celular, carteira de motorista, chave de casa, etc. Jefferson chegou com um ar de desapontamento, olhando pro chão... Ele demonstrou sua tristeza e preocupação com a seguinte frase que se repetiu a noite inteira: “Levaram o meu livro do McLuhan e eles nem vão ler". Imagine a nossa cara pra ele, rs... Fizemos “um assalto delicado” na carteira de Olívia, que nos ajudou e ficou com apenas R$ 5,00 pra trabalhar no outro dia, e fomos embora num táxi pra delegacia...
Agora, na delegacia, é que rolou um negócio estranho ou no mínimo engraçado: liguei do meu celular pro celular de Ivonete, que estava com o bandido, e depois de algumas tentativas ele atendeu. Eu me passei por Ivonete e disse: "ô amigo, devolve pelo menos os documentos pq vou precisar viajar, por favor". Ele disse: "Os documentos"? Eu: “Sim”. Ele: "Tá bom, vou deixar nos correios". Eu: "Obrigado". Ele: "De nada"... Bandido educado?!
Depois que saímos da delegacia, onde foi tudo muito demorado, já que o policial fazia tudo numa máquina de escrever (mas fez questão de salientar que daqui uns dias o ambiente ia sofrer uma ‘modernização tecnológica’ - eu já ia me esquecendo disso, tudo a ver com as nossas aulas, rs), nós três enxergamos, nesta mesma rua da delegacia, uma porca preta imensa passeando. Ivonete disse: “Meu Deus, aquilo é uma porca?” Estranhamos aquilo... Jefferson disse que porcos passeando à noite pelas ruas de Niterói são comuns, rs. Veja que aí está uma forma de contraste da modernização com a antiguidade, ahahaha. Como Jefferson não parava de repetir “levaram o meu livro do McLuhan e eles nem vão ler", eu perguntei quanto foi o livro. Ele disse: “Ah! Comprei por R$ 15,00 no sebo.” Olhamos pra ele e ele disse: “mas, foi um achado”. Depois, já que roubaram até a chave da casa de Ivonete, ficamos correndo atrás de um chaveiro. E como demorou... Pra dar mais detalhes: enquanto todas as luzes das portas vizinhas estavam acesas, a luz da porta do ap de Ivonete havia queimado. E o chaveiro lá tentando abrir, iluminado com a luz do meu celular. Até usou um tipo de ‘furadeira’... Quando finalmente consegue, o alarme do carro do chaveiro dispara lá na rua e ele desce correndo... Ivonete sofre outro ‘assalto’ do chaveiro (bem carinho pra abrir uma porta) e ele segue embora ‘feliz’... Para completar estava acontecendo um incêndio na rua vizinha! Isso mesmo: um incêndio. Mas, só tivemos certeza disso depois (o que dava pra ver na hora era uma fumaça e ouvíamos um barulhão, sem saber ao certo o que era), quando só pela tarde Ivonete soube e confirmou... O final de tudo: Eu e Jefferson paramos por um instante numa banca de jornal e lá estava escrito: "Porco de policial mata homem". Juro que na mesma hora eu associei com aquela porca imensa da rua da delegacia, rs...

Bom, é isso! Se eu não esqueci de mais nada (hahaha).
O importante é que estamos todos bem agora. A história já virou ‘passado’, mas é claro que tiramos algumas lições disso e até já podemos rir da noite de 26 de junho. Nem sexta feira 13 era...
Abraços!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Fanfilms: Antes tarde do que nunca

Eu deveria ter feito isso faz tempo, mas só depois de todas as discussões em torno dos filtros necessários diante de tanta informação disponível e das vantagens de conhecermos os objetos dos nossos colegas que decidi dividir com vocês alguns dos fanfilms de que tanto falo. Espero que gostem e, principalmente, que se divirtam com eles.

http://www.youtube.com/v/gO6rqAJ3mGc

Esse filme aí em cima é considerado o primeiro fanfilm moderno. Produzido em 1997 pelo americano Kevin Rubio, Troops revolucionou a participação dos fãs no universo de Star Wars e uniu a dedicação e o amor de um fã a técnicas profissionais de filmagem.

Troops é uma sátira ao seriado norte-americano Cops, na qual integrantes do exército Imperial dos filmes de George Lucas aparecem em ação, como se fossem policiais comuns, usando as famosas armaduras brancas.

A iniciativa de Rubio abriu caminho para outros fãs começarem a fazer o mesmo, transportando para produções amadoras, idéias e ponderações sobre seus objetos de fascínio.

http://www.youtube.com/watch?v=YUmzR1J_C3s

Esse talvez seja um dos meus fanfilms preferidos. Grayson, de 2004, segue uma estratégia comum a muitos fanfilms, simulando um trailer de um filme que não existe e, provavelmente, não vai existir (reparem logo no início a cartela usada na veiculação de trailers). É a forma que o fã tem de mostrar o que ele gostaria de ver no cinema de uma forma completa, com início, meio, fim e a complexidade de um longa metragem. O diretor do filme, John Fiorella, faz também o papel de Dick Grayson, o Robin, que depois da morte do Batman decide voltar à ativa para livrar Gotham City do crime. Outro recurso comum aos fanfilms presente em Grayson é a participação de personagens de outras histórias, alguns, ainda, com mudanças de caráter.

http://www.youtube.com/watch?v=PIWskgVx_v0

Esse é um outro dos meus preferidos. Mais uma vez, personagens se misturam em nome de uma história surgir em uma conversa de bar, mas que os fãs decidem transformar em realidade. Além de ser muito bem feito, World's finest, feito também em 2004, por outro americano, Sandy Corolla, traz no final um texto que eu considero uma boa síntese do que é um fanfilm:

What you have just seen is an independent, non-profit, artistic expression created purely for fun. It is in no way connected to, or endorsed by Warner Brothers or DC Comics, nor is it intented to undermire or compete with any existing or forthcoming material

The images despicted are a tribute to the iconic characters that have thrilled and entertained generations, and is a deeply respectful tip of the hat to the creators of Superman and Batman, and to all those who have kept them alive…

It is a heartful homage to the legendary heroes who have encouraged us all to dream, to not fear the night, and to look up into the sky… It is in this spirit that the filmmakers wish you to enjoy this brief glimpse of The World’s Finest Superheroes

Thank you for watching

http://www.youtube.com/watch?v=yiSOKvhg2HE&

Esse é o trailer de um fanfilm brasileiro que existe e está disponível aqui. Como é grande (mais ou menos trinta minutos), não está disponível no YouTube. Exilado, de 2005, foi feito por um estudante de cinema paulista e conta com o até então amador Felipe Solari, hoje VJ da MTV, e Seu Jorge, que estava perto de uma das locações e aceitou fazer uma participação. O filme conta a história de um Jedi que veio parar na Terra, mora em São Paulo, e vive de bicos e pequenos furtos. A idéia do filme surgiu da vontade que o diretor, roteirista, produtor, editor e finalizador (porque fã que é fã joga nas onze) Felipe Cagno tinha de filmar uma luta com sabres de luz, depois que viu que poderia facilmente reproduzir os efeitos usados nos filmes originais.

O primeiro fanfilm brasileiro que se tem notícia não está disponível na internet, mas pode ser alugado na Cavídeo. Casa dos Jedi, feito por um designer carioca, parte da idéia de como seria se pergonagens de Star Wars participassem de um programa como Casa dos Artistas. Assumidamente tosco e feito para servir como vídeo de abertura da edição da Jedicon, conferência anual de fãs de Star Wars, organizada pelo Conselho Jedi do Rio de Janeiro, o filme mistura personagens de diferentes filmes da série em um tempo comum, como se todos fossem contemporâneos. Os personagens são apresentados como se tivessem uma vida fora da saga, com personalidades e características que seguem, de certa forma, seu comportamento nos filmes oficiais, porém mais humanos e ordinários.

http://www.youtube.com/watch?v=02suPbe2oPs

Heroes Brazil, feito este ano por dois paulistanos foi um teste. Querendo usar novos recursos de programas de edição, os dois estudantes decidiram fazer o trailer de uma série em que pessoas com poderes semelhantes aos de personagens da série de TV Heroes são encontrados no Brasil, apontando para as possíveis conseqüências disso para a trama da série original. Além de usar um objeto atual, acho que Heroes Brazil caracterizar estratégias dos nossos fãs em divulgar seus trabalhos para fãs de outros paises. E o principal, do jeitinho brasileiro.

Web 2.0 para iniciantes e veteranos

Mais um vídeo. Dessa vez super bacana, sobre Web 2.0.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Videogames




Acima, uma edição de imagens de jogos de ontem e hoje e da evolução dos games, já que o curso termina com discussões sobre o assunto.

Boas "férias" pra todos!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Lembrando a aula passada (12/06)...

Pessoal,
Não sei se já conhecem ou até se já tem aqui (acho que não, pelo que olhei, rs), mas achei interessante postar aqui o endereço do blog do Alex Primo, já que falamos sobre um texto dele na aula passada. Nesse endereço ele posta bastante conteúdo sobre a cibercultura e temas relacionados, mas dá notícias diversas tb. Achei legal! Lá vai então:
http://alexprimo.com/


Espero que gostem tb! Vale a pena dar uma olhada!
Bjos pra todos e até quinta!

domingo, 15 de junho de 2008

Lado B da disciplina

Pra descontrair: Narcisa Tamborindeguy é entrevistada por Amaury Jr. e faz vários pedidos para 2008. Ela cansou de ser "pobre", hehe. Divirtam-se!
http://www.youtube.com/watch?v=12tR86hAeYo

sábado, 14 de junho de 2008

textos para próxima aula

Oi gente,

Seguem os links - Vinicius sugeriu três textos dele e eu vou deixar o meu (sobre games) para a aula seguinte.

Os que ficam então para quinta são:

- "G.A.M.E.S.2.0"
http://www.compos.org.br/data/biblioteca_294.pdf

- "Embodiment, afetividade e sensorialidade"
http://revcom2.portcom.intercom.org.br/index.php/fronteiras/article/view/3141/2951

- " A vida dos objetos"
http://revcom.portcom.intercom.org.br/index.php/contemporanea/article/view/65/45





Essa é pra quem gosta de rádio!!!

Essa é pra quem gosta de rádio!!! (lembrei-me especialmente da pesquisa da Michele).

O acervo da Rádio Nacional vai estar disponível em breve para consulta na Internet. Serão disponibilizados arquivos com programas das décadas de 30, 40 e 50. O arquivo digital inclui radionovelas e o Repórter Esso. O material vai ficar disponível para pesquisas através de uma rede virtual que está sendo criada.

Bom para a memória do país!!
Ótimo para nós, pesquisadores!!!!

* A informação foi divulgada pelo site Wnews.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Por falar em vídeos mais assistidos...

Quando li o texto da Paula Sibília, enquanto pensava nas celebridades sem obra, lembrei na hora da Magibon.

Usando o login MRirian, a japonesa de 21 anos coloca no You Tube vídeos dela fazendo... nada. E, acredite ou não, isso rendeu a ela o lugar de celebridade no Japão.

Ela diz que o primeiro vídeo foi um teste, mas a recepção foi muito boa e ela decidiu repetir a dose. Daí pra frente ela falou, cantou, piscou os olhos outras muitas vezes e chamou ainda mais atenção de várias pessoas de todo o mundo.

Há quem diga que o fato desses vídeos estarem entre os mais acessados do site e o sucesso entre os japoneses se dá por causa dos olhos grandes. Outros acreditam que o jeitinho de menina conquista um grande número de tarados que navegam pela internet. Eu acho que a curiosidade e a divulgação influenciada pelo insólito são responsáveis pelo sucesso.

Isso sem falar nas pessoas que acharam a idéia interessante e decidiram criar seus próprios vídeos.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O Globo: A volta do Vinil na era do MP3




Oi, povo! O Globo on publicou hoje uma materinha falando do crescimento da venda de LPs e toca-discos. A reportagem é um pouco chupada da Rolling Stone americana, mas tá valendo!


Bom, é isso!

http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2008/06/06/a_volta_do_vinil_na_era_do_mp3_venda_de_lps_toca-discos_crescem-546686630.asp
Beijos e até quinta! ;)




sábado, 7 de junho de 2008

Cinema, comida, sexo e Bourdieu


O conceito de distinção de Bourdieu é daqueles que nos assombram todos os dias e acabam aparecendo em tudo, a todo o tempo. Como estava focado nos textos da última aula, acho que a coisa piorou.

Nesse meio tempo, fui ao cinema ver Estômago e foi impossível não tentar analisar o filme a partir desse ponto de vista.

Na história de Nonato, que chega a São Paulo sem dinheiro ou lugar para ficar e, por necessidade, começa a cozinhar em um botequim é marcada o tempo todo pelo gosto e disputas simbólicas por distinção. Isso tudo com um jogo que o tempo todo mistura o prazer da comida ao sexo.

Nonato não tinha experiência na cozinha, mas é convidado pelo dono de um restaurante italiano que percebe algum talento nele para deixar o bar e trabalhar em sua cantina.

Por um motivo que não devo revelar em respeito aos que não assistiram ao filme, Nonato vai parar na cadeia. É interessante observar como ele pensa em que nome deve adotar para impressionar e assustar os outros detentos, mas que seu jeito na cozinha acaba lhe rendendo o apelido de Alecrim.

A partir daí, começa a jornada para ser mais respeitado dentro da cadeia. Ele percebe que aquele conhecimento lhe confere privilégios e usa o que sabe de culinária, mesmo que com uma série de informações trocadas e decisões equivocadas - como oferecer aos detentos um vinho com aroma de cachorro molhado em vez de cerveja - para ganhar respeito e espaço.

A montagem do filme possibilita uma comparação com a forma como tudo se inverte quando Nonato está na cozinha do restaurante, aprendendo a preparar pratos simples e a apreciar ingredientes que antes desconhecia. O gosto adquirido no restaurante o diferencia dos detentos, mas ele não percebe de cara que nem tudo vai ser apreciado da mesma forma por todas as pessoas e que um gorgonzola, delicioso para alguns, fede demais para outros.

A relação entre gosto, comida, nível intelectual e sexo feita em estômago lembra muito o filme O cozinheiro, o ladrão, sua mulher e o amante. Centrada quase que completamente em um restaurante, a trama se desenvolve em torno dos personagens do título. Um sujeito ignorante, porém rico, mantém financeiramente um estabelecimento luxuoso e acredita que isso faz dele um sujeito refinado.

Sua mulher, que nitidamente não tem muito a ver com ele, sabe apreciar os pratos preparados pelo cozinheiro especialmente para ela e acaba se interessando por um homem solitário que todas as noites come acompanhado de livros, com quem mais tarde tem um caso.

Dirigido por Peter Greenaway, que vem das artes plásticas, com figurinos de Jean Paul Gautier e uma direção de arte muito impressionante, o filme enche também os olhos.

Se os filmes são bons, pode ser uma questão de gosto, mas a presença das idéias de Bourdieu não se discute.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Para relaxar!

Oi, povo!
Lembrando da feliz apresentação de Tiago Monteiro hoje, resolvi reiterar o discurso do "raríssimo"! hehehehe

http://www.youtube.com/watch?v=MhkTR_d84_M

Beijos,

Flora

sábado, 10 de maio de 2008

Vá ao teatro (e me chame - ainda mais com promoção)

Povo,

para aqueles que ainda não estão sabendo, tem uma baita peça de teatro em cartaz na cidade. É "O processo", baseada no livro homônimo - e atualíssimo! - de Franz Kafka (versão de Modesto Carone), adaptada para os palcos pelo José Henrique (que também assina a direção) e protagonizada pelo Tuca Andrada.

A história já foi levada às telas por Orson Welles, com Anthony 'Psicose' Perkins no papel principal, e por David Jones, numa adaptação dos anos 90 roteirizada por ninguém mais ninguém menos do que o grande dramaturgo Harold Pinter. O Zé, professor do curso de Direção Teatral da ECO, fez um trabalho cênico belíssimo e que merece ser visto, no Teatro Maison de France (Rio de Janeiro) até 29 de junho (maiores detalhes sobre elenco e produção em http://teatromaisondefrance.com.br/programacao/index.shtml).

Ficaram a fim? Tenho aqui uma promoção que dá um belo desconto para quem estiver interessado. Mas atenção: a promoção só vale para as quintas-feiras. Para entrar nessa, basta mandar um email para a Renata Blasi, da produção executiva (reblasi@gmail.com).Quem estiver com o nome na lista paga apenas R$ 15 (quinze reais!). Sai mais em conta do que a meia-entrada mais barata!

É isso aí.
Bom espetáculo!

Eu e meus posts nada a ver com nada [risos]...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Convite

Duas chamadinhas.

A primeira é para a edição especial da Revista O Grito com especial sobre o funk onde colaborei com um artigo.
A Revista é bem bacana e por isto faço aqui o jabá.

A segunda é sobre a edição do Café literário da Intercom, que acontece amanhã no auditório da Biblioteca Nacional, cujo tema é Música e Comunicação. Vou participar, junto com o colega Eduardo Coutinho (da UFRJ) e mediação de Raquel Paiva e Ana Paula Goulart.

O formato do Café é interessante, pois é um bate-papo acadêmico sobre o tema.
Para quem puder aparecer, é no auditório da Biblioteca Nacional (entrada pela Rua México), as 12.30, entrada gratuita.

domingo, 4 de maio de 2008

Entre Debord e o Faustão...

Passo pelo blog rapidinho, só pra comunicar duas coisas que chamaram a minha atenção nesta jovem tarde de domingo. Saiu no Globo de hoje, naquela página Logo (que fica migrando de um ponto pra outro do jornal, de acordo com o tema em pauta), uma reflexão sobre a (in)validade dos argumentos críticos apresentados pelo Guy Debord em A sociedade do espetáculo, em tempos de "espetáculos do crescimento" defendidos como bandeira por uma certa Esquerda e quejandos. Não estou conseguindo linkar o blog à página do Globo On Line que contém o texto, então se alguém tiver interesse no dito cujo, por favor sinalize que eu levo na quinta-feira.

Corta. Mudando da água pro vinho (ou seria o contrário?), ainda há pouco testemunhei a estréia de um novo quadro no programa do Faustão. Uma pessoa "consagrada" no/pelo meio artístico é incumbida de levar ao palco um talento mirim no qual se deve "ficar de olho". No primeiro programa, o veterano Caçulinha levou um menino alagoano de 10 anos que tocava violão clássico. Lá pelas tantas, o Faustão perguntou pro moleque porque ele tinha optado pela música erudita, e não pela popular, ao que ele respondeu, na lata: "Porque é mais difícil e mais sério".

Em termos de contradição (o que eu acho bastante saudável, aliás - não é mais ou menos isso que o Kellner defende lá no Cultura da Mídia?), o episódio de hoje só não bate aquele que se verificou quando o Rappa apareceu certa feita no programa do Faustão. Durante a execução de A minha alma, mais precisamente durante os versos "Mas não me deixe sentar na poltrona num dia de domingo/ Procurando novas drogas de aluguel/ Nesse vídeo coagido", chegou a ser engraçado ouvir o Faustão bradando ao vivo, com o sotaque característico: "Presta atenção na letra, meu!".

Combinando a aula de quinta

Oi gente!

Conforme eu já havia anunciado, teremos uma convidada na aula de quinta - a colega e minha querida amiga Carla Barros.

O tema da aula será antropologia do consumo. Ela sugere três textos. O principal já está na nossa pasta, desde terça passada.(Do livro Cultura, Consumo e Identidade - Livia Barbosa e Colin Campbell, cap 1)

Outros dois foram enviados on-line, e estou enviando o arquivo para o e-mail de vocês.

Boa leitura e até quinta.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Internet do mal?

A coluna do Zuenir Ventura de ontem, no Globo, também contribui muito com as nossas discussões. Até que ponto a internet potencializa as maldades humanas? Até que ponto potencializa a criatividade e o conhecimento humanos? Ou ela é simplesmente uma ferramenta e reflexo da vida "real"?

Segue o texto:

A repórter Juliana Tiraboschi, da revista "Galileu", teve uma original idéia de matéria: "Do_mal.com". Usando personagens fictícios, entrou na internet e durante semanas desempenhou vários papéis. Fingiu ser uma jovem deprimida à beira do suicídio, agiu como um pedófilo em busca de pornografia infantil, simulou que era uma menina ingênua assediada por adultos e passou-se por uma anoréxica procurando dicas de emagrecimento. A facilidade com que obteve cumplicidade e estímulo para comportamentos de risco ou atos criminosos a impressionou. "Decidi me matar e quero saber qual o método menos doloroso", ela escreveu, e em pouco tempo um internauta sugeriu um coquetel de medicamentos por ser "mais letal e menos doloroso". Outro aconselhou uma "overdose de barbitúrico" por sua ação rápida. Um terceiro ensinou a preparar um explosivo capaz de "te incinerar instantaneamente". Houve até quem se preocupasse com o preço. "Se fizer do jeito certo", ele alegava, "o enforcamento não é tão doloroso, além de ser barato e fácil. Só precisa uma corda".
Juliana ficou chocada. "Ninguém se mostrou perturbado, e apenas um dos meus interlocutores perguntou qual o motivo da minha decisão." Em outras comunidades, ela encontrou pessoas disseminando abertamente a violência e a intolerância, como homofobia e racismo. Uma antropóloga ouvida por ela identificou 14 mil sites de conteúdo nazista. Numa sala de bate-papo, a repórter começou a conversar com um homem de declarados 22 anos. "Eu disse que tinha 12 anos, mas meu interlocutor não se intimidou. 'Curte falar de sexo?', continuou. 'Sou tímida', recuei. 'Já fez sexo?', ele insistiu. Respondi que não e perguntei se não me achava muito nova. 'Só pra gente brincar, só matar a curiosidade (...). Você me mostra algumas coisinhas, eu te mostro tudinho que você tem vontade.' Ela concluiu que, como não há controle, "crianças de qualquer idade poderiam estar participando da conversa."
O resultado desse mergulho em zonas sombrias da internet levou a jornalista a questionar: "Onde termina a liberdade de expressão e onde começa o crime?" É bem verdade que, como ela admite, não foi a rede que inventou essas patologias; "ela apenas facilita a conexão entre as pessoas". Mas é crescente a influência do mundo virtual sobre o real. Em 2006, um jovem gaúcho de 16 anos se suicidou induzido por seu grupo de discussão a inalar monóxido de carbono. No ano seguinte, em Ponta Grossa, outro jovem se matou de forma semelhante. Nos EUA há uma infinidade de casos iguais. É um princípio de imitação que parece funcionar para os comportamentos desviantes.
Evitar que um instrumento tão útil e poderoso como a internet seja usado impunemente para promover o mal, eis uma das questões cruciais dessa nossa sociedade de informação."

Internet na educação

Na aula de ontem, além da experiência como mercadoria, falamos um pouco sobre o uso da internet na educação. O argumento dos educadores, dos comunicadores que trabalham com educação, ou dos "educomunicadores", como preferem teóricos como o professor Ismar Soares, da USP, é de que a autonomia, a participação dos alunos e o diálogo entre esses e os professores contribuem para a construção de conhecimento.
É nesse sentido que as tecnologias de informação e comunicação, sobretudo as novas tecnologias, por possibilitarem uma maior interatividade - ou participação dos alunos - podem contribuir para a qualidade de ensino. O professor atua mais como um facilitador (indicando fontes de pesquisa, revisando textos) ou um provocador (questionando os discursos produzidos pelos alunos, fazendo perguntas que levem a novas reflexões).
Há muitos textos sobre o assunto na Web, assim como há muitas práticas sendo desenvolvidas nas escolas e universidades brasileiras. Segue um link para um desses textos que, coincidentemente, me chegou por e-mail hoje, sobre o uso de blogs na educação.

Sense and Simplicity

Acho que a nova exposição da Philips, "Sense and Simplicity", atualmente em São Paulo, aponta para novas formas de experiência, num incremento da sociedade do acesso, das máquinas informacionais, enfim. O que a Philips chama de simplicidade, na verdade, acredito eu, trata-se de novos meios de interação, apropriação e aculturação de atividades cotidianas construidas historicamente (como falava Simone na aula anterior).


Segue uma nota dada pelo Yahoo!Notícias


Philips mostra aparelhos e tecnologias do futuro

Qual é o futuro da tecnologia? Cuidar da pele e da dor por meio de luz? Interagir com a história dos livros? Talvez. Mas é certo que o futuro é a simplicidade.
É nisso que acredita a Philips e com esse mote a empresa trouxe ao Brasil a exposição "Sence and Simplicity", que apresenta o que eles estão pensando para os próximos anos. Protótipos de produtos que interagem com o usuário tem como objetivo facilitar a vida das pessoas.
Alguns desses produtos conceito podem chegar ao mercado daqui a alguns anos, outros nunca serão vendidos. Mas eles pretendem mostrar para qual direção a empresa está caminhando.
Uma idéia bem bacana é o
"Álbum de Família", um tipo de porta retrato virtual com uma série de funções bacanas. Nele, é possível visualizar várias miniaturas de imagens ao mesmo tempo, ampliar fotografias na tela e, até mesmo, mandar e enviar fotos sem a necessidade de um PC.
Como eu faço para achar aquela foto da praia? Pegue o gadget na mão, diga "praia" e chacoalhe o aparelhinho. Pronto. Ele vai mostrar a foto que você queria.
Seguindo a linha de compartilhar experiências, o
"Contador de histórias" ajuda os pais na famosa historinha antes de dormir. O livro usa uma tocha e uma lanterna para dar "vida" aos personagens por meio de sons e imagens.
Ainda na linha infantil, o
"Arrastar e soltar" faz com que a casa inteira vire uma grande tela para os pequenos. Com um pincel de luz é possível fazer desenhos e mais: dar movimentos a eles.
Para quem detesta acordar com aquele barulhinho do despertador, o
"Levante e Brilhe" é a salvação. Uma lâmpada próxima à cama simula a luz do sol no horário programado fazendo que a pessoa acorde naturalmente.
É possível acordar também com o
"Em forma", que chama a pessoa na hora de se exercitar. Um treinador virtual orinta os movimentos dos exercícios e mostra como está seu desempenho.
Para desmistificar o cuidado com a saúde outros aparelhos fazem avaliação corporal, monitoração de
ciclo hormonal por meio da temperatura para as mulheres saberem quando é o seu período fértil, e uma torneira inteligente, que purifica a água usando luz UV e filtragem com carbono.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

'Mas esta ainda não é a minha experiência...'

Todo o debate da aula de hoje a partir do conceito de experiência (e do processo de comoditização - é assim que se escreve? - que ele estaria sofrendo na contemporaneidade, de acordo com alguns autores) me fez recordar de um programa muito, mas muito trash, que rola todo sábado na Rede Record, around midnight (logo depois do Show do Tom e seus indefectíveis concursos de piada), chamado 50 por 1. Trata-se de um programa de viagens que, só pra vocês sentirem o nível da coisa toda, é apresentado pelo Álvaro Garnero, um cara cuja profissão é, nada mais nada menos, ser rico e viajar pelo mundo, recolhendo experiências inesquecíveis vividas nos quatro cantos do planeta e depois mostrando pra nós, pobres mortais, como ele se divertiu horrores fazendo isso.

O conceito do programa, no geral, até que é bacana - volta e meia rolam umas animações que lembram determinadas brincadeirinhas visuais que o Terry Gilliam fazia no Monty Python, e a narração possui um tom de comentário irônico que às vezes funciona - mas a figura do apresentador, espécie de supra sumo do playboy, marombado e com gel no cabelo, daqueles cuja maior aspiração de vida é ter um apartamento em Dubai, quase sempre põe tudo a perder.

Cada episódio se passa em uma determinada localidade - digamos, Lisboa. O programa consiste no Álvaro Garnero vivendo uma série de experiências relacionadas ao lugar, sempre fugindo dos pontos turísticos mais óbvios e buscando sensações diferenciadas (então ao invés de visitar a Torre de Belém ou o Castelo de São Jorge, a "experiência" consiste em tomar uma ginjinha - espécie de cachaça local - no balcão de um típico armazém da Alfama ou surfar na Praia do Guincho, em Cascais), ao final das quais ele anuncia, invariavelmente: "Mas esta ainda não é a minha Lisboa", ou então "Mas Lisboa ainda tem muito mais a oferecer". E toca a discorrer sobre outra experiência - algumas beeem caras, tipo se hospedar num hotel que até o século XVIII funcionou como Mosteiro (tudo devidamente acompanhado dos respectivos endereços eletrônicos dos estabelecimentos), até que, no final do programa, ele finalmente escolhe aquela que representará "a sua Lisboa". Particularmente no caso da capital portuguesa, foi comer queijadas em Sintra ou qualquer coisa do gênero.

Tenho que confessar que por mais comoditizadas que sejam, algumas experiências até que são legais. Vale como dica pruma noite de sábado chuvosa. E quem desejar um programa trash completo, não se esqueça de que o Sabbá show (na CNT) começa às onze.

terça-feira, 22 de abril de 2008

A TV E O "REAL"

"A televisão penetrou tão profundamente na vida política das nações, espetacularizou de tal forma o corpo social, que nada mais lhe pode ser "exterior", pois tudo o que acontece de alguma forma pressupõe a sua mediação, acontece portanto para a TV. Aquilo que não passa pela mídia eletrônica torna-se estranho ao conhecimento e à sensibilidade do homem contemporâneo. Não se diz mais que a televisão "fala" das coisas que acontecem; agora ela "fala" exatamente porque as coisas acontecem nela. Boa parte das teorias eruditas atualmente em voga sobre a desagregação da vida ou sobre a "desertificação" do mundo humano nasce de um deslumbramento apocalíptico diante da presença cada vez mais central da mídia na paisagem urbana. Fala-se de uma perda de "realidade" em decorrência da saturação das imagens, mas o que chamamos de "real" sempre foi uma imagem: as mídias apenas tornam evidente que a constituição da realidade é uma produção simbólica de homens históricos. Nada disso, porém, mudou fundamentalmente o caráter parasitário da televisão. Agora, com o volume de interesse que nela se concentra, a tv resulta instrumentalizada por uma legião de exploradores que dela só querem tirar proveito, sem propriamente brindar-lhe com uma contribuição específica." (Arlindo Machado, em A ARTE DO VÍDEO)

Ouvi dizer que no ano de 2008 a tv passou por algumas semanas uma espécie de novela do real, na qual a cada capítulo quase provava que um casal havia matado uma de suas filhas. Alguém se lembra disso? Isso existiu? Eu nem me lembrava mais... Deve ser coisa do Baudrillard (que nem existe mais também). Ou não.

domingo, 20 de abril de 2008

Mostra Espelho Atlântico - Cinema da África e da Diáspora

Não está totalmente vinculado ao tema do nosso curso, mas pode interessar aqueles cujos temas de pesquisa tangencia questões referentes à diáspora e/ou ao pós-colonialismo. Rola na Caixa Cultural, a partir de terça-feira (22/4). Mais informações, aqui.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ainda reverberando...




Oi povo!

Pensando nos exemplos da aula de hoje, no espetáculo, na imagem e nos casos “reais” mediados pela tão polêmica televisão, lembrei de uma música do Caetano chamada Santa Clara, padroeira da televisão.

Dizem que Clara foi considerada padroeira do veículo por ter visões, como o funeral de Francisco de Assis e de uma missa natalina que se passava em outro lugar, projetadas na parede de sua cela, como em uma tela.

Bom, aí vai a letra da música na falta de um vídeo (já que estamos falando do predomínio da imagem!). Espero que gostem e que ela (a tv) nos redima! hehehehe

Beijos,

Flora


Santa Clara, Padroeira da Televisão
Caetano Veloso


Santa clara, padroeira da televisão

Que o menino de olho esperto saiba ver tudo

Entender certo o sinal certo se perto do encoberto

Falar certo desse perto e do distante porto aberto

Mas calar

Saber lançar-se num claro instante

Santa clara, padroeira da televisão

Que a televisão não seja o inferno, interno, ermo

Um ver no excesso o eterno quase nada (quase nada)

Que a televisão não seja sempre vista

Como a montra condenada, a fenestra sinistra

Mas tomada pelo que ela é

De poesia

Quando a tarde cai onde o meu pai

Me fez e me criou

Ninguém vai saber que cor me dói

E foi e aqui ficou

Santa clara

Saber calar, saber conduzir a oração

Possa o vídeo ser a cobra de outro éden

Porque a queda é uma conquista

E as miríades de imagens suicídio

Possa o vídeo ser o lago onde narciso

Seja um deus que saberá também

Ressuscitar

Possa o mundo ser como aquela ialorixá

A ialorixá que reconhece o orixá no anúncio

Puxa o canto pra o orixá que vê no anúncio

No caubói, no samurai, no moço nu, na moça nua

No animal, na cor, na pedra, vê na lua, vê na lua

Tantos níveis de sinais que lê

E segue inteira

Lua clara, trilha, sina

Brilha, ensina-me a te ver

Lua, lua, continua em mim

Luar, no ar, na tv

São francisco

Cauda Longa



Pessoas

Achei aqui uma "versão para fins educacionais" do texto do Chris Anderson.
Trata-se de um pdf de 153 páginas (103 a menos que o livro).

A questão é saber se o conteúdo suprimido compromete muito a apreensão do todo.

Simone ou Jefferson podem dar uma olhada e dizer se vale o download ou se é melhor basear a leitura pelo livro mesmo.

abraços

quarta-feira, 16 de abril de 2008

E viva o Utilitarismo?!

A moda promete pegar nas praias cariocas!





Oi, gente!


O Globo (a CBN e mais outros veículos) noticiaram algo que parece providencial para a discussão da última aula em que debatemos a Sociedade Disciplinar de Foucault e a Sociedade de Controle de Deleuze: o uso OBRIGATÓRIO de tornozeleiras para presos que foram BENEFICIADOS pela Liberdade Condicional.

Como O Globo não permite a reprodução de suas reportagens, envio o link direto para a matéria.

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/04/16/projeto_de_deputado_propoe_que_presos_em_liberdade_condicional_usem_chip_de_localizacao-426866810.asp




Minha opinião já sabem. E vocês? O que acham?


Beijos e até amanhã!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sem vídeos no Flickr?




Não sei se alguém aqui tem Flickr ou costuma visitar álbuns de fotografia no Flickr. O serviço é utilizado por muitos fotógrafos profissionais e semiprofissionais com objetivo de divulgar seus trabalhos. No entanto, mal o Yahoo, dono do serviço, disponibilizou uma ferramenta de publicação de vídeos, começaram protestos por parte de alguns fotógrafos. Eles acham que a ferramenta de audiovisual vai desviar o foco do serviço e diminuir sua credibilidade, ao transformá-lo num "repositório de vídeos ordinários".
As comunidades We say no to videos on Flickr e Sem vídeo no Flickr já contam com mais de 38 mil participantes.
Acho que esta notícia, que pode ser lida na íntegra no site do Ig, pode incrementar as discussões que estamos travando sobre as ferramentas da Internet. É curioso como o serviço foi apropriado pelos amantes de fotografia e como eles querem agora controlar o seu uso, restringir o seu público e "dominar" a ferramenta. Os protestos seguem com textos mal-humorados e fotomontagens bem-humoradas:

"Não quero polemizar, e discutir aqui sobre a morte da bezerra. Não quero povo falando que o flickr é site de relacionamentos, e que tende a apresentar melhorias (?) e bla bla bla. Acho que foco é foco. O Flickr se consagrou com o serviço de hospedagem de fotos sim, mas o grande mérito é a qualidade do que é apresentado e de como é utilizado. O Flickr deixou pra trás fotolog's, por ter conquistado um publico mais direcionado a fotografia mesmo, e não fãs de diários de bordo. E eu sou a favor de cada macaco no seu galho. Eu gosto do flickr pra fotografia, pra admirar o trabalho de fotografos e apaixonados por fotografia.

Por mim, fica assim. Não postarei videos, não acesso videos. Videos eu vejo no youtube, no Vimeo, onde for, mas não aqui.

Adoro ver os videos no youtube, inclusive de fotografos também, e tem vários que postam video com seus trabalhos. Primo Tacca Neto, Fernandinha Fronza, Fabinho Stachi, Casal Takeda, Stella, e etc. Fora aulas de fotografia e ws que vejo lá. Mas lááá. Aqui não!"


Qual será o fim dessa história?

sábado, 12 de abril de 2008

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Filmes de Guy Debord no UbuWeb


O site UbuWeb é incrível. Um arsenal de material audio e/ou visual.

Nele temos 5 filmes feitos por Debord, inclusive o clássico Sociedade do Espetáculo. Quem quiser dar uma olhada segue o link.


Sociedade do Espetáculo

Versão online do livro do Debord em português:

http://www.cisc.org.br/portal/biblioteca/socespetaculo.pdf

Beijos.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

blog autobiográfico

Olá Galerinha,
Não, não vou fazer deste mais um blog autobiográfico, mas queria abrir o "meu coração" e me desculpar por ter exposto o texto da Paula tão mal e o ter criticado tão avidamente. Aproveito então para enviar três links de ensaios da Paula que tratam mais ou menos das questões que falávamos na aula:

Viver em casas de vidro
http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/2946,1.shl

Retrato do artista como celebridade
http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/2938,1.shl

Mania de real
http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/2912,1.shl

Beijos.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Foucaultiando...


Oi povo!

Quem animou com o filósofo pode encontrar mais textos dele em português e outras coisas bem legais neste link!




Beijos!


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Dica do blog com textos

Ah! E envio novamente o link do blog Tese digital, que reúne textos super-importantes
e raros. Sobre Foucault e Deleuze, temas da próxima aula, tá cheio de material bacana.


Em http://tesedigital.blogspot.com

Dicas de postagem/ seminário

A última postagem atropelou a margem - vamos tentar manter a moldura, tá bem?

E pra quem está preparando os seminários, reforço:

1) Tempo - cerca de 20 min para a exposição de cada um dos alunos

2) Destacar:

2.1 - os argumentos principais do autor,

22. - A contribuição para o debate do curso

2.3 - As possíveis críticas

Por outro lado, não se preocupem tanto em mapear todos os detalhes e nuances do argumento, pois certamente as questões aparecem no debate com a turma.

Bom fim de semana e divirtam-se com os novos textos!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Baudrillard e fotografia

Acho que esse vídeo do Baudrillard também pode sugerir algumas questões. Trata de uma reportagem que abarca os principais temas do autor (simulacro, simulação, hiper-realidade) contrapondo-os principalmente com a questão da fotografia. Vale pensar, tendo em vista a nova lógica digital, onde tudo e qualquer ocasião vira imagem pelas lentes da SONY 7,2 mpixel.

"Por detrás da maioria das imagens alguma coisa desaparece"

Segue uma parte do texto narrado:

"Le sens de l'espace, du temps, des corps et des mouvements, le style documentaire réaliste ne sont que des effets, qui illustrent une hyperréalité. De la poudre aux yeux médiatique, comme l'objet de notre convoitise ne le sait que trop bien." " Ne vous laissez pas séduire ! " Baudrillard l'écrivait déjà au début des années 80. Depuis, de nombreux livres et essais traitent de la disparition du monde réel et d'autres phénomènes sociaux extrêmes. Ce que l'on ignore généralement, c'est que celui qui critique les médias en termes violents est aussi photographe. Avec son appareil photo, il fait le point sur " l'absence du monde ". C'est le titre de l'exposition qui a lieu en ce moment à Kassel, la ville de la Documenta. On peut y admirer quelque cent photographies, des années 80 à nos jours, et le discours artistique de Baudrillard sur la disparition, la sienne comprise. Derrière la plupart des images quelque chose disparaît, a écrit Baudrillard. Quelque chose d'unique. Le calme, le secret? la mort. D'après le philosophe, l'image est aussi violence, une violence qui, manipulée, prend notre regard fasciné en otage. La violence des images tient à ce qu'elles font miroiter un monde où tout semble toujours actuel et maîtrisé. Bien que les images montrent tout, il n'y a pourtant plus rien à voir, dit Baudrillard. Comment pourrait-il s'imposer face à ce désert d'images ? Un instant doit être longuement suspendu pour pouvoir mettre en évidence cette absence dont parle Baudrillard, on peut le faire en prenant une photo par exemple. La photographie est tout simplement l'outil idéal pour faire disparaître le monde : toutes les dimensions du monde réel sont annulées dès l'instant où un sujet est impressionné sur la pellicule : odeur, poids, densité, espace et temps, et d'après Baudrillard jusqu'au lien sensitif avec son existence passée. En effet, comme la mort, la photographie fixe la fin du réel pour un sujet qui renaît avec une identité totalement nouvelle et autonome. Les choses exigent désormais leur propre théâtre qui, selon le photographe, ne saurait être ni illustratif ni informatif. C'est pourquoi il est inutile d'y rajouter des légendes. Elles sont ce qu'elles sont : des images. L'aventure de la photographie telle que Baudrillard la comprend commence dans la tête, intuitivement, dans la mesure où l'on est prêt à inverser les signes de son propre regard, car le monde qui nous interpelle est ce qu'il est, il a ses propres signes. Toute chose a des visions en soi-même et ce sont elles qui nous contemplent lorsque nous regardons en arrière. Les surprises que ce demi-tour peut provoquer sont considérables."

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Mais um




Dromo, tb inspirado em Virilio:


"Dromos' from the Greek word to race (Paul Virilio 1977:47). Meaning: the 'science (or logic) of speed'. Dromology is important when considering the structuring of society in relation to warfare and modern media. He notes that the speed at which something happens may change its essential nature, and that that which moves with speed quickly comes to dominate that which is slower. 'Whoever controls the territory possesses it. Possession of territory is not primarily about laws and contracts, but first and foremost a matter of movement and circulation."

Inspirado em Paul Virilio





Para quem estiver exausto das leituras, um pouco de entretenimento...sorry, de arte...
Este vídeo é baseado numa frase do Paul Virilio. Abro aspas para a explicação do artista, que eu gostei mais do que a obra propriamente dita:


"The video deals with the brainwashing element of mass-media and is based on a quote of Paul Virilio: »When you are talking about freedom of speech, you also have to talk about freedom of perception.«

The visual element is a stylisation of the tv-screen itself, which is composed by small dots. The dots display single letters, they form a hidden and deliberately false message which itself becomes kind of a brainwash.
"

terça-feira, 1 de abril de 2008

Ossários de Timisoara


Para os que já leram o capítulo do Baudrillard que menciona "os ossários de Timisoara" e não identificaram o episódio, segue a explicação (a fonte é o livro de Inacio Ramonet, A tirania da comunicação. Citado por Sylvia Moretzhon, na dissertação defendida no nosso programa em 2000, intitulada " a velocidade como fetiche - a tirania do tempo real")

"Aquelas imagens tiveram um formidável impacto nos telespectadores que acompanhavam há vários dias, com paixão e fervor, os acontecimentos da “revolução romena”. Naquele momento, a “guerra das ruas” prosseguia para Bucareste, e o país parecia correr o risco de cair nas mãos dos homens da Securitate, a terrível polícia secreta de Nicolae Ceaucescu, quando essa “fraude” veio repentinamente confirmar o horror da brutalidade da repressão.
Aqueles corpos deformados se ajuntavam, no nosso espírito, àqueles que já tínhamos visto jazendo amontoados nos necrotérios dos hospitais, e corroboravam o número de “quatro mil” vítimas dos massacres de Timisoara. Aliás, “4.630”, precisava um enviado especial do Libération; e alguns artigos da imprensa escrita intensificavam o dramatismo da situação: “Falou-se de caminhões de lixo transportando inúmeros cadáveres para locais secretos onde seriam enterrados ou queimados”, dizia um jornalista do Nouvel Observateur (28 de dezembro de 1989). “Como saber qual o número de mortos? Os motoristas dos caminhões que transportavam metros cúbicos de corpos eram mortos com uma bala na nuca pela polícia secreta para eliminar qualquer testemunha”, escrevia o enviado especial da AFP (Libération, 23 de dezembro de 1989).
Ao ver os cadáveres de Timisoara na telinha da TV, não se podia colocar em dúvida os “60.000 mortos” - alguns falavam até de 70.000 - que a insurreição romena havia provocado em alguns dias. As imagens destes cadáveres só podiam confirmar plenamente as afirmações mais delirantes.

As cenas exerceram tal impacto que

os responsáveis pelos jornais (por exemplo, Dominique Pouchin, do Libération), admitiram publicamente que, impressionados com as imagens ao vivo na televisão, eles haviam reescrito o texto de seu correspondente no local, que mostrava reservas sobre esse “ossário”.

Sabe-se hoje que o número de mortos na revolução romena, incluindo partidários de Ceaucescu, não passou de mil, e que em Timisoara foi inferior a 100. Não que isso retire o drama do conflito, mas seguramente o exagero das cifras ajudou a ampliar exponencialmente o impacto daquelas imagens. O principal, entretanto, é que todo aquele espetáculo mostrado pelas câmeras e reproduzido nos jornais não passou de encenação:

Os cadáveres alinhados sobre lençóis brancos não eram vítimas dos massacres de 17 de dezembro de 1989, mas mortos desenterrados do cemitério dos pobres, oferecidos condescendentemente à necrofilia da TV .

No entanto, o mito em torno de situações como aquela (um regime fechado, a terrível polícia política agindo em subterrâneos labirínticos, a analogia do comunismo stalinista com o nazismo, a conspiração) atiça a imaginação e facilita a montagem da fraude, com inevitáveis consequências políticas. Ramonet diz que,

a partir de imagens cuja autenticidade ninguém sequer sonhou averiguar, chegou-se a pensar, em nome do “direito de ingerência”, numa ação guerreira, e alguns até chegaram a exigir uma “intervenção militar soviética” (!) para derrotar os partidários de Ceaucescu...
"

Mostra de filmes no CCBB-RJ

Que Situação Hein, Debord?
Cinema 22 de abril a 04 de maio

Mostra audiovisual, composta de filmes realizados pelo cineasta, filósofo e teórico francês Guy Debord, criador da “Sociedade do Espetáculo”, um exame das tendências e contradições da sociedade em que vivemos. Seus filmes são considerados radicais e inovadores, técnica e esteticamente. Seus filmes nunca foram exibidos no Brasil e os debates após as sessões complementarão as idéias e a filosofia do autor.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Baudrillard no youtube




É claro que o mais midiático dos críticos da mídia está no you tube!
E falando o inglês que - reza a lenda - ele odiava.
Não deixa de ser uma enorme ironia que esta conferência sobre a Violência da Imagem possa ser encontrada no mais profano dos repositórios de imagem da atualidade.
Postei só a primeira parte da conferência. Pra quem quiser assistir o resto, sugiro uma pesquisada pelo título (Baudrillard + Violence of Image) e as outras partes estão lá.

Baudrillard e Virilio na wikipedia

Ao longo da semana, vou postando algumas dicas sobre os autores que vamos discutir - Jean Baudrillard e Paul Virilio - pra servir como aperitivos para a discussão da próxima quinta.
Peço que todos façam a mesma coisa - se descobrirem material interessante, compartilhem com a gente aqui no blog.
Pra começar, vale uma olhada nos verbetes da wikipedia que, por sua vez, têm links para outros artigos, bibliografia dos autores, etc.
Vejam então aqui o link para Baudrillard; e aqui para Virilio.

domingo, 30 de março de 2008

Texto online

Este é o link para o texto do colega Eugênio Trivinho - um dos textos que será discutido na próxima aula.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Ementa e Programa

Este é o blog da disciplina de pós-graduação do PPGCOM UFF Teorias Criticas.

Ementa e Programa:

Teorias Críticas (ou por uma crítica das teorias críticas)

Prof. Simone Pereira de Sá

Horário: Quinta- feira – 16 às 20 horas

O curso tem por eixo central a reflexão em torno da articulação entre mídia, cultura, consumo e entretenimento na modernidade, segundo diferentes perspectivas; e suas reconfigurações a partir da cibercultura.

Na Unidade I abordaremos algumas das principais teorias críticas: a matriz da Escola de Frankfurt e seus desdobramentos, para a discussão da noção de indústria cultural; a noção de simulacro(de Baudrillard), de sociedade de controle (Foucault); de dromocracia (Virilio), de sociedade do espetáculo (Debord) e de cultura do acesso (Rifkin) – discutindo seus limites para a compreensão da experiência do entretenimento como categoria central da modernidade.

Na Unidade II, abordaremos autores e correntes teóricas que possibilitam a “crítica das teorias críticas” acima abordadas, com destaque para a obra de Walter Benjamin e a noção de modernidade neurológica; a teoria das materialidades; as contribuições da antropologia do consumo; e a discussão de Bourdieu sobre valores, gostos e distinção.

Finalmente, na Unidade III, buscaremos identificar algumas tendências da cultura do entretenimento na atualidade, articulando-a à cibercultura, a partir de estudos de caso tais como blogs, games, música no ambiente digital – dentre outros exemplos selecionados a partir do interesse dos alunos inscritos no curso.

Bibliografia geral (outros títulos serão selecionados para a especificidade de cada aula do curso)

ADORNO, T. e HorkheimeR., M – Dialética do Esclarecimento. Fragmentos Filosóficos.RJ, Zahar, 1985

BAUDRILLARD, J. – A Sombra das maiorias silenciosas. SP, Brasiliense, 1985

BENJAMIN, Walter – Obras Escolhidas. Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo, Brasiliense, 1994.(Obras Escolhidas, v.1)

BOLTER, Jay David & GRUSIN, R. – Remediation:Understanding New Media. Massachussets. MIT Press, 2000.

BOORSTIN, D. - The Image: A guide to the pseudo-events in America.

BOURDIEU, Pierre - A distinção. Crítica social do julgamento. SP, EDUSP, 2007.

BULL, Michael – “The world according to sound. Investigating the world of walkman users.” In: New Media and Society, 2001.vol.3 (2); 179-197. London, Thousand Oaks, Ca and New Delhi.

CHARNEY e SCHWARTZ (orgs.) – O Cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo, Cosac e Naify, 2001 .pp 115-150

DEBORD, Guy – A Sociedade do Espetáculo – Versão online: www.terravista.pt/Ilhado Mel/1540 - 2003

DELEUZE, Gille - Conversações. RJ, Ed. 34, 1992

FREIRE FILHO, João – Reinvenções da resistência juvenil. Os estudos culturais e as micropolíticas do cotidiano.RJ, Mauad X, 2007

FONTENELLE, Isleide Arruda. Mídia, acesso e mercado da experiência. In: Contracampo:

dossiê 40 anos de understanding media. Revista do PPGCOM da Universidade Federal

Fluminense. Niterói: Instituto de Artes e Comunicação Social, 2004, p.185-201.

GABLER, Neal – Vida, o filme. Como o entretenimento conquistou a realidade.SP, Cia das Letras, 1999

GUMBRECHT, Hans Ulrich & PFEIFFER, Ludwig – Materialities of Communication. Stanford. Stanford Univ Press, 1994

MC LUHAN, Marshall and MC LUHAN, Erick – The Laws of Media. The New Science. Univ. of Toronto Press. Toronto, Canada. 1988

GUTFREIND, Cristiane; SILVA, Juremir Machado da (orgs) – Guy Debord: antes e depois do espetáculo.Porto Alegre, EDIPUCRS, 2007.

PEREIRA, Vinicius Andrade – Comunicação e memória: estendendo Mc Luhan. Rio de JANEIRO,ECO/UFRJ, tese de doutorado. 2002.

RIFKIN, Jeremy. A Era do Acesso: a transição de mercados convencionais para networks e o

nascimento de uma nova economia. São Paulo: Makron Books, 2001.

STERNE, Jonathan - Bourdieu, Technique and Technology – Cultural Studies, 17(3/4) 2003, 367-389. Routledge.

THORTON, Sarah – Club Cultures: Music, Media and Subcultural Capital. Hanover & Londres. Wesleyan University Press. Published by University Press of New England, 1996.

TRIVINHO, Eugênio – “Cibercultura, Sociossemiose e Morte: Sobrevivência em Tempos de Terror Dromocrático.” In: Lemos, André & Cunha, Paulo (org.). Olhares sobre a Cibercultura, pág. 57 – 89. Porto Alegre, Editora Sulina, 2003.

THEBERGÉ, Paul – Any sound you can imagine: making music/Consuming technology. Hanover and London. Wesleyen Univ. Press/ Univ. Press of New England, 1997.

___________________ - Plugged in: technology and popular music. In: Frith et alli.- The Cambridge companion to Pop and Rock. pp3-25. UK, Cambridge Univ. Press, 2001

VIRILIO, Paul – O Espaço Crítico. São Paulo, Ed 34, 1993

Programa aula a aula:

Dia 13/ 03 – Aula inicial: apresentação do Programa e das questões, forma de trabalho e avaliação.

Módulo I - Teorias críticas em questão - Abordagem das perspectivas, contribuições problemas e limites das seguintes perspectivas teóricas:

I.1 - A Escola de Frankfurt e a noção de indústria cultural (Aula II - 27/03)

Textos:

“A indústria cultural:O Esclarecimento como Mistificação das massas” ADORNO, T. e HorkheimeR., M – Dialética do Esclarecimento. Fragmentos Filosóficos. Páginas RJ, Zahar, 1985 – pg. 113-157

“O fetichismo na música e a regressão da audição” e “Introdução: Vida e Obra” - ADORNO, T – In: Os Pensadores.SP, Abril Cultural, 1983, 2. ed. - pg. 164-191

GABLER, Neal – Vida, o filme. Como o entretenimento conquistou a realidade.SP, Cia das Letras, 1999 – pgs 11-55

I.2 - Baudrillard e Virilio: pós-modernidade, simulacro e dromocracia (Aula III - 03/04)

Textos:

“Simulacros e Simulações” In: Baudrillard, J. - BAUDRILLARD, J. – A Sombra das maiorias silenciosas. SP, Brasiliense, 1985

A ilusão do fim ou a greve dos acontecimentos – BAUDRILLARD, J. – Lisboa, Portugal, Ed. Terramar, 1992. pg 7-46; 83-94

A fratura morfológica (pg. 22-54) e As perspectivas do tempo real (pg 101-119). In:

VIRILIO, Paul – O Espaço Crítico. São Paulo, Ed 34, 1993

“Cibercultura, Sociossemiose e Morte: Sobrevivência em Tempos de Terror Dromocrático.” TRIVINHO, Eugênio - In: Lemos, André & Cunha, Paulo (org.). Olhares sobre a Cibercultura, pág. 57 – 89. Porto Alegre, Editora Sulina, 2003.

I.3 – Foucault e Deleuze: das sociedades disciplinares à sociedade de controle (Aula IV - 10/04)

“Post-Scriptum: Sobre a sociedade de controle”. In DELEUZE, Gille - Conversações. RJ, Ed. 34, 1992. pg 219-226

“Soberania e disciplina” – In: FOUCAULT, M. – Microfísica do poder.RJ, ED. Graal, 1982.pg 179-192

“Capitalismo” – In: SIBILIA, Paula – O Homem pós-orgânico. Corpo, subjetividade e tecnologias digitais.RJ, Relume-Dumará, 2002. pg 23-39

“O show da vida íntima na Internet: blogs, fotlogs, videologs, orkut e webcams” – In: CAIAFA, J. e HAJJI, M. – Comunicação e sociabilidade:cenários contemporâneos”. RJ, MAUAD, 2007.

I.4 – Debord e a “sociedade do espetáculo” (Aula V -17/04)

A sociedade do espetáculo – Guy Debord. – Caps.1,2.3 e 8

GUTFREIND, Cristiane; SILVA, Juremir Machado da (orgs) Guy Debord: antes e depois do espetáculo – (capítulos: “ Perfil de uma lenda moderna”, de Patrick Tacussel; “ A imagem em Guy Debord”, de Juliana Tonin; “ A melancolia em Guy Debord: de como os franceses chegaram tarde à sociedade espetacular” – de Ciro Marcondes Filho; e “ Guy Debord e a teoria crítica: trajetória, atualidade e perspectivas” - de Francisco Rudiger)

I.5 - Rifkin e a cultura do acesso à experiência (Aula VI – 24/04)

RIFKIN, Jeremy. A Era do Acesso: a transição de mercados convencionais para networks e o

nascimento de uma nova economia. São Paulo: Makron Books, 2001.

FONTENELLE, Isleide Arruda. Mídia, acesso e mercado da experiência. In: Contracampo:

dossiê 40 anos de understanding media. Revista do PPGCOM da Universidade Federal

Fluminense. Niterói: Instituto de Artes e Comunicação Social, 2004, p.185-201.

“Second Life: vida e subjetividade em modo digital” – Accioly, M. I e BRUNO, F. – In: FREIRE FILHO, J. e HERSCHMANN, M. - Novos Rumos da Cultura Midiática: Indústrias, Produtos, Audiências. RJ, Mauad X, 2007

Módulo II – Outros olhares: para além das teorias críticas

II.1 – Walter Benjamin e a experiência neurológica da modernidade – (Aula VII -08/05)

“A Obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica”; “Experiência e Pobreza” e “ O narrador” - BENJAMIN, Walter – Obras Escolhidas. Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo, Brasiliense, 1994.(Obras Escolhidas, v.1)

“Sobre alguns temas em Baudelaire” - São Paulo, Brasiliense, 1994.(Obras Escolhidas, v.2) – pg 103-150

“Estados Unidos, Paris, Alpes: Kracauer (e Benjamin) sobre o cinema e a modernidade”. IN: CHARNEY e SCHWARTZ (orgs.) – O Cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo, Cosac e Naify, 2001 .pp 115-150

II.2 – A Escola de Toronto e a abordagem das materialidades da comunicação – (Aula VIII- 15/05)

(Os textos serão indicados pelo prof convidado, Vinicius Andrade Pereira)

II.3 - Para além da razão econômica: o consumo como produção de sentidos. (Aula IX 29/05) –

( Os textos serão indicados pela prof convidada, Carla Barros)

II.4 - Valores, gostos, distinção e reputação a partir da obra de Pierre Bourdieu (Aula X -12/06)

BOURDIEU, Pierre – Forms of capital.

THORNTON, Sarah - Club Cultures – Music, Media and Subcultural Capital – Univ Press of New England, Hannover, 1996. Cap. 1 e 3 - pg. 1-14; 87-115

STERNE, Jonathan - Bourdieu, Technique and Technology – Cultural Studies, 17(3/4) 2003, 367-389. Routledge.

Módulo III – Entrenimento e pós-espetáculo na cultura digital: estudos de caso

III.1– Consumo de massa, consumo de nicho, cauda longa, micromídias digitais: reconfigurações do modelo da indústria cultural. (Aula XI -19/06)

Estudo de caso das reconfigurações das práticas musicais e outros (a definir a partir dos interesses dos alunos)

III.2 - Interatividade e a centralidade do lúdico na cultura contemporânea - para além do espetáculo. (Aula XII – 26/06)

Estudo de caso da cultura dos games, fan-fictions e outros. (a definir a partir dos interesses dos alunos inscritos)

Feriados e congressos: (com cancelamento previsto de aulas)

20/03 – Semana Santa

01/05 – Dia do Trabalho

22/05 – Corpus Cristi

05/06 – Congresso da COMPÓS

Avaliação:

A nota final resultará da soma dos conceitos: 1) Presença e participação no curso 2) Seminário 3) Trabalho escrito sobre o tema do seminário, com 10 a 15 pgs.